O número de mortos nos ataques israelitas na quarta-feira contra grupos pró-iranianos na cidade de Palmira, no centro da Síria, subiu para 68, disse uma organização não-governamental (ONG) esta quinta-feira.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) especificou que entre os mortos estão 42 combatentes sírios pró-iranianos e 26 estrangeiros, a maioria deles iraquianos do grupo Al-Noujaba.
A ONG somou, ainda, quatro membros do Hezbollah libanês.
Na quarta-feira o Ministério da Defesa sírio indicou que pelo menos 36 pessoas tinham morrido em ataques israelitas à cidade milenar de Palmira, no centro da Síria.
"O inimigo israelita levou a cabo um ataque aéreo que visou vários edifícios na cidade de Palmira, no deserto sírio, matando 36 pessoas, ferindo mais de 50 e causando danos materiais consideráveis nos edifícios visados e na área circundante", referia na quarta-feira a agência noticiosa oficial síria Sana, citando uma fonte militar.
Um balanço anterior, da organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), apontava pelo menos 11 combatentes pró-iranianos mortos.
Pouco antes, a agência noticiosa estatal síria SANA já tinha informado de "sons de explosões ouvidos em Palmira, produzidos por uma agressão israelita contra edifícios residenciais e a zona industrial".
Declarada Património da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1980, Palmira alberga as ruínas de uma grande cidade que foi um dos centros culturais mais importantes da Antiguidade a partir de 3500 A.C., influenciada por várias civilizações, incluindo a grega clássica, a romana e a persa, bem como por tradições indígenas.
Israel aumentou consideravelmente os seus ataques em território sírio nas últimas semanas, especialmente na capital, Damasco, e seus arredores, como na zona de Al-Quseir, que faz fronteira com o Líbano, por onde o Exército israelita afirma que o grupo xiita libanês Hezbollah transporta armas.
Segundo as forças israelitas, estes ataques, que já causaram dezenas de vítimas, incluindo civis, visaram paióis do Hezbollah e dirigentes de grupos palestinianos; contudo, as autoridades locais afirmam que muitos dos bombardeamentos realizados atingiram diretamente zonas residenciais.