Por todo o país estão mais de mais de 40 mil voluntários a “oferecer o seu tempo e esforço numa ação de recolha habitual nesta altura, numa campanha cujo lema é “Para mais de 380 mil portugueses, o melhor presente é a sua ajuda”. 380 mil foi o número de pessoas apoiadas com alimentos em 2023 através de 2400 instituições de solidariedade social.

“Os Bancos Alimentares contam ainda com o apoio de várias empresas e entidades, que se associam à causa, disponibilizando equipamentos e serviços tais como transportes, publicidade, comunicação, seguros, segurança e alimentação”, lê-se no site do Banco Alimentar.

“Não podemos ficar indiferentes a uma realidade que está em nosso redor, e essa é a razão pela qual voltamos a apelar à solidariedade, envolvimento e contributo de cada cidadão contribuindo assim para melhorar o cenário de carência alimentar que continua a assolar muitos cidadãos e famílias em Portugal", afirma Isabel Jonet, presidente Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, no site da instituição.

Acrescenta ainda: "É importante não nos esquecermos de que há, infelizmente, pessoas que precisam de ajuda para comer, principalmente numa altura como o Natal, em que a mesa da consoada faz parte de uma ideia de felicidade que gostamos de ver concretizada. Para muitas famílias o dia a dia é muito difícil e o apoio alimentar que recebem permite minorar carências”.

E não deixa de elogiar os portugueses que quer em maio, quer antes do Natal - nesta altura do ano - aderem às campanhas dos Bancos Alimentares Contra a Fome. “Os portugueses conhecem bem os Bancos Alimentares e aderem às Campanhas de forma generosa e entusiástica com voluntariado e alimentos, numa manifestação de solidariedade que se renova anualmente”.

Onde, como e o que pode dar para apoiar quem mais precisa

Além da campanha de recolha de alimentos com voluntários, decorre também a campanha Ajuda Vale em supermercados e no através do site: www.alimentestaideia.pt, que permite a qualquer pessoa apoiar esta causa a partir de casa ou mesmo estando fora do país.

Em 2023, segundo números do Banco Alimentar, “foram recolhidos quase 26 milhões de quilos de comida, número que, embora elevado, não é suficiente para ajudar todos os que precisam”, por isso o "Banco Alimentar reforça que uma pequena contribuição, como um pacote de leite, massa, arroz, azeite ou um enlatado como o feijão, o atum ou as salsichas, faz toda a diferença para a instituição e para o quase meio milhão de portugueses que esta ajuda.

Durante este fim-de-semana (30 de novembro e 1 de dezembro), “basta aceitar o convite de um dos mais de 40 mil voluntários e um saco do Banco Alimentar, distribuídos em mais de duas mil lojas, e colocar nele bens alimentares não perecíveis”, como "leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, massas, entre outros.

Criado em 199 em Portugal com uma missão: “Lutar contra o desperdício e distribuir o apoio a quem mais precisa de se alimentar”, o Banco Alimentar funciona em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário.

Atualmente existem 21 Bancos Alimentares (nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Zona Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu). A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares congrega a rede e representa os Bancos Alimentares a nível nacional e internacional.