Foram em busca da história e escreveram-na, mas há muita estrada para andar. E, como refere a famosa música do cantor português Jorge Palma, «a gente vai continuar». Na primeira mão da segunda ronda de qualificação para o Campeonato Europeu de 2025, Portugal recebeu a Chéquia no Estádio do Dragão, empatou a um golo e foi batido o recorde nacional de assistência de um jogo de futebol feminino em solo luso: 40.189 espectadores.
Avizinha-se um duelo difícil para as comandadas de Francisco Neto. Apesar da vitória por 2-1, em fevereiro, diante da mesma adversária, o cariz de qualificação deu a este reencontro um novo nível.
Conhecidas e reconhecidas pela capacidade de enfrentar os duelos devido ao porte físico, a Chéquia foi dura para um Portugal que tentou espalhar magia pelo relvado do Estádio do Dragão.
Balde de água fria
Foram precisos poucos minutos para a superioridade de Portugal com bola aparecer em campo. Andreia Jacinto rematou e a bola beijou a barra. Catarina Amado obrigou a uma grande defesa. Joana Marchão seguiu os passos e Ana Capeta não fez diferente.
O domínio luso mostrou-se claro desde o princípio do encontro face a uma Chéquia que montava bem a sua linha defensiva, mas sabia bem o que fazer no ataque - a concentração da quase totalidade da equipa num só corredor abria espaço para seguir.
Assim foi, mas não só. Tal como já foi descrito, os duelos seriam uma vantagem para as checas face a Portugal. Não se errou. Após um lançamento de linha lateral, balde de água fria para as lusas. Katerina Svitková cabeceou para golo, num duelo que Ana Borges não tinha grande hipótese de vencer pela estatura.
A estratégia portuguesa não estava a falhar, mas a concretização e definição no último terço foram fatores que teimaram em não aparecer para alavancar as esperanças das Navegadoras... até à segunda parte.
Meter primeira e arrancar
Depois desses 45 minutos sóbrios da equipa portuguesa, faltava apanhar Barbora Votíková em contra-pé. Aconteceu. Andreia Jacinto encontrou Francisca Nazareth a aparecer entre as centrais checas e a jogadora do FC Barcelona não deu tempo ou espaço de resposta. Empate alcançado e sonho reavivado.
A toada ofensiva portuguesa não esmorecia com o passar do tempo, mas a Chéquia - de forma óbvia - tentou ao máximo controlar o que podia na defesa. Portugal seguia com alguma verticalidade, mas a bola não entrava na área e nada mais se pôde resolver.
Agora, segue-se a segunda mão. O apuramento para o Campeonato Europeu de 2025 define-se na Chéquia.