O último lugar que o Farense ocupa na classificação à 11.ª jornada, deve-se muito à incapacidade ofensiva da equipa, outorgando-lhe o pior ataque da Liga. Olhando para a aptidão de concretização tendo como análise comparativa a época anterior, verifica-se uma grande discrepância nos golos apontados, diminuindo de 20 (1,82/jogo) para apenas 5 (0,45/jogo). Ou seja, os leões de Faro apontaram menos 15 golos, neste primeiro terço do campeonato.

Nesse plano, os algarvios têm sentido a falta de uma referência goleadora na área, como tinham em Bruno Duarte em 2023/24. O avançado de 28 anos, transferido para o Estrela Vermelha de Belgrado (Sérvia), efetuou a melhor época da sua carreira e apontou 13 golos no campeonato e à 11.ª jornada o brasileiro já se destacava nos remates certeiros da equipa, com três dos 20 golos apontados.

Nesta temporada, os escassos cinco golos do Farense estão distribuídos por igual número de jogadores... e jogos: Aléx Bermejo, Tomané, Raul Silva, Darío Poveda e Elves Baldé. E nos jogos em que marcaram (cinco), os algarvios nunca faturaram mais do que um golo.

Tozé Marreco, que pegou na equipa à 7.ª jornada depois de um começo – com José Mota – com seis derrotas consecutivas, tem a atenuante da diminuição de soluções ofensivas desde a sua chegada devido a lesões que afetaram o setor atacante (Tomané, Darío Poveda, Marco Matias, Merghem, Jaime Pinto e Elves Baldé), mas mesmo assim, consigo ao leme, o Farense marcou mais, em menos jogos: três golos em cinco, contra dois em seis, com José Mota.