O pai e ex-treinador do bicampeão olímpico Jakob Ingebrigtsen será julgado no próximo ano com acusações que incluem agressões ao atleta norueguês e ameaças de o espancar "até a morte".
De acordo com a acusação, Gjert Ingebrigtsen, de 58 anos, terá agredido fisicamente o filho num período de dez anos, entre 2008 e 2018, altura em que o corredor de 24 anos saiu de casa para morar sozinho.
De acordo com o jornal VG, Gjert também é acusado de chamar Jakob de “bandido” e “terrorista”, e ameaçar “envergonhá-lo e deixá-lo doente”, alegações que nega veemente.
A mesma fonte refere que o julgamento deverá durar cerca de oito semanas, com a previsão de cerca de 40 testemunhas serem chamadas.
Gjert e os seus filhos fizeram parte de um reality show muito popular e de longa data na Noruega, mas em 2022 deixou o cargo de treinador da “Team Ingebrigtsen”, alegando problemas de saúde.
Jakob Ingebrigtsene os seus irmãos Henrik e Filip, que também são corredores de meia distância, pediram à Federação Norueguesa de Atletismo para ajudá-los a evitar Gjert em eventos internacionais, já que o pai treina o medalhista de bronze dos 1500m do mundo de 2023, Narve Gilje Nordås.
Gjert Ingebrigtsen é ainda acusado de abusar sexualmente da própria filha, uma dos seis irmãos de Jakob.
Atleta de ouro
Nos Jogos olímpicos de 2020, Jakob Ingebrigtsen arrecadou a medalha de ouro nos 1.500 metros.
Em 2023, Ingebrigtsen conquistou as medalhas de ouro no Campeonato do Mundo nos 5.000 metros e de prata nos 1.500 m. Nesse ano, estabeleceu recordes mundiais dos 2.000 metros e das duas milhas (3.218 metros).
Este ano, o atleta de 24 anos venceu o ouro olímpico nos 5.000 metros e estabeleceu um novo recorde mundial nos 3.000 metros.