Mais um dia, mais uma aceleração. Mais uma ofensiva de Tadej Pogacar, o insaciável líder, o esloveno para quem a vantagem nunca é suficiente, 3,11 minutos não chegam, é preciso mais e mais.

Mais um dia, mais uma aceleração. Mais uma ofensiva de Richard Carapaz, o equatoriano que já venceu o Giro e fez pódio na Vuelta e no Tour, mas, não podendo lutar pela geral contra os extraterrestres da frente, prefere dar espetáculo e não limitar-se a seguir na roda para obter uma qualquer posição no top 10.

Carapaz, da EF Education, vinha perseguindo um triunfo há várias tiradas. Atacava e atacava, mas a glória não chegava. O seu estilo ousado, de campeão, de risco, de quem prefere uma tirada de consagração a várias jornadas de conservadorismo rumo a um qualquer 8.º lugar final.

O prémio veio para Richie. Num duelo de alto nível frente a Simon Yates, da Jayco, um embate na fuga entre o campeão do Giro 2019 e o melhor da Vuelta 2018, Carapaz impôs-se. Na 17.ª etapa, no terreno acidentando até Superdévoluy, 177,8 quilómetros com três ascensões na parte final, Carapaz estreou-se a erguer os braços no Tour, completando a trilogia de vitórias em tiradas nas grandes voltas.

O ataque de Pogacar. Mais um
O ataque de Pogacar. Mais um THOMAS SAMSON/Getty

Mais atrás, a mais de 7 minutos da fuga, discutia-se a geral. Os derradeiros dias de alta montanha estão para chegar, mas qualquer meia oportunidade serve para Tadej Pogacar.

O esloveno da UAE-Emirates atacou, deixando para trás Evenepoel e Vingegaard. Os dois rivais que ainda vão desafiando a superioridade de Pogi conseguiram alcançá-lo, mas o aviso foi feito, a ameaça deixada. Mais uma demonstração de força do predador no topo da cadeia alimentar desta competição.

Depois de unido o trio que ocupa o pódio, Remco também atacou. Terminaria a ganhar 10 segundos a Pogacar e, mais importante, 12 a Vingegaard. A diferença entre segundo e terceiro reduziu-se para 1,58 minutos.

João Almeida cedeu 1,3 minutos para Pogacar. Está mais longe do pódio, mas chegou juntamente com Mikel Landa ou Carlos Rodríguez, os seus principais adversários.

A 18.ª etapa, uma daquelas que parece destinada a fugas (olá, Rui Costa?), parte de Gap, onde, em 2010, Sérgio Paulinho venceu, chegando a Barcelonnette. Segue-se, no dia seguinte, a subida ao alto de Isola 2000.

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