De 30 de agosto a 1 de setembro, a 20.ª edição do Cerco de Almeida recria episódios históricos durante os ataques das tropas francesas em 1810 que queriam entrar em Portugal por esta vila do distrito da Guarda, localizada junto à fronteira, que é uma das Aldeias Históricas de Portugal. No cenário de uma das mais importantes fortalezas nacionais, com uma planta em forma de estrela de 12 pontas, impressionante quando vista de cima, a recriação do cerco a Almeida nas invasões francesas traz 500 figurantes de várias nacionalidades à vila.
Esta 20.ª edição desta iniciativa está a gerar grande expectativa por se realizar no último fim de semana de agosto. "É o evento do concelho que tem repercussão maior em termos nacionais e até internacionais. Temos notado que tem havido uma procura até do lado espanhol superior a anos anteriores", apontou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Machado.
"O rigor é desde o botão da camisa à pluma do chapéu. A entrega do Grupo de Recriação Histórica de Almeida é uma referência muito grande em termos nacionais. É isso que também nos dá essa procura por parte dos outros grupos de recriadores porque há associações napoleónicas um pouco por toda a Europa, mas Almeida está marcada internacionalmente", assinala o autarca.
António Machado descreve que há vários grupos, alguns com quase 50 elementos, que regressam ano após ano para participar no cerco e o Grupo de Almeida também participa em várias criações também no estrangeiro.
Este ano, o programa da recriação inclui um espetáculo de Mariza, na noite de 31 de agosto, sábado, para alterar um pouco o figurino do evento. "Quisemos alterar a oferta que tínhamos que era mais associada à parte clássica. Será um momento de diversão para todos os visitantes e para poderem ver os cenários excelentes de Almeida de outra forma", assinalou o autarca.
Para o presidente da Câmara de Almeida, o sucesso desta recriação histórica ao cerco também se deve à "entrega" do Grupo de Recriação Histórica do Município de Almeida que se tornou uma referência nacional e internacional.
Prevendo que durante os três dias do cerco haja grande dinâmica na economia local, o edil sugere que refeições sejam agendadas antecipadamente de forma a garantir o serviço, já que a oferta a nível de hotelaria e restauração no concelho é, considera, “o nosso maior 'handicap' neste momento”.
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