“Se és mulher até ao final do ano estás a trabalhar de graça”. É esta a frase que pode-se ler numa publicação do Ministério da Juventude e da Modernização nas redes sociais e que serve para assinalar o Dia Nacional da Igualdade salarial.
A data muda todos os anos e simbolicamente representa a quantidade de dias em que as mulheres deixariam de ser pagas pelo trabalho que fazem, em comparação com os homens, até ao final do ano.
Uma análise do Observatório de Género, Trabalho e Poder conclui que os homens chegam a ganhar mais 18% que as mulheres. Isto significa que os homens recebem, até ao final do mês, mais 238 euros que as mulheres. Os fatores considerados são a idade, o nível de escolaridade e a antiguidade da relação laboral.
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego da CGTP explica que à medida que as responsabilidades e qualificações aumentam, a desigualdade salarial fica maior. No caso das mulheres em cargos de topo, chegam a ganhar em média menos 850 euros do que os homens.
Para quem concluiu o Ensino Superior, a diferença chega a atingir os 640 euros.
Os últimos dados disponíveis dizem que em 2022, a diferença entre homens e mulheres em Portugal era de 12,5%. Um número que põe o país 0,2 pontos percentuais abaixo da média da União Europeia e 0,7 da zona Euro.