
A ajuda fornecida à Ucrânia pela Europa excede a dos Estados Unidos e a diferença tende a aumentar devido à postura do atual Presidente norte-americano, Donald Trump, segundo o Instituto de Kiel para a Economia Mundial (IfW).
De acordo com dados do IfW, um centro de estudos económicos alemão que monitoriza o apoio internacional a Kiev, na sequência da invasão russa, em fevereiro de 2022, os Estados europeus aprovaram 138 biliões de euros em ajuda militar, financeira e humanitária, enquanto os Estados Unidos prometeram 23 biliões de euros a menos.
Em ajuda estritamente militar, os Estados Unidos ainda lideram, com 65 biliões de euros, quase um bilião a mais que os europeus, referem os dados hoje citados pelas agências internacionais.
Desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca, no passado dia 20 de janeiro, os Estados Unidos não aprovaram nenhuma nova ajuda, e o último carregamento de armas, no valor de 500 milhões, foi aprovado em 09 de janeiro, enquanto o democrata Joe Biden ainda era Presidente.
Trump tem responsabilizado a Ucrânia pelo início da guerra e discutiu com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, num encontro na Casa Branca.
Por outro lado, o 'Ukraine Support Tracker', nome dado pelo IfW ao seu histórico de ajuda internacional à Ucrânia, mostra atualmente que muitos países europeus estão a contribuir proporcionalmente menos do que os países nórdicos e bálticos.
Assim, enquanto países como a Estónia e a Dinamarca fizeram contribuições equivalentes a 2,0% do seu Produto Interno Bruto (PIB), a Alemanha fez contribuições equivalentes a apenas 0,5% do PIB, e França, Espanha e Itália contribuíram entre 0,1% e 0,2% do PIB.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.