O argelino detido esta quarta-feira pela GNR em Lagoa, no Algarve, depois de ter fugido ainda algemado à PSP em Lisboa, foi ouvido no Tribunal da Relação de Évora e não deu consentimento para a extradição.

O homem de 36 anos nega o crime de fogo posto pelo qual está a ser acusado na Alemanha e tem agora um prazo de 10 dias para formalizar a oposição à extradição.

O detido ficará a aguardar decisão num estabelecimento prisional que, ao que a SIC apurou, deverá ser em Silves.

De Lisboa ao Algarve (com algemas no pulso)

Foi no início da semana, quando estava a chegar ao Tribunal da Relação em Lisboa numa carrinha da PSP que escapou aos agentes, fugindo a pé pelas ruas de Lisboa.

Ia ser presente a tribunal por causa de um mandado de captura europeu, relacionado com o crime de fogo posto, cometido na Alemanha. Tinha sido detido no domingo no Aeroporto de Lisboa.

Após a fuga, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP enviou um comunicado às redações dando conta de que, "cerca das 10h20 [de terça-feira 12 de novembro], um detido, que se encontrava à guarda desta Polícia, evadiu-se à chegada ao Tribunal da Relação, em Lisboa".

"Os polícias que efetuavam o transporte do detido foram surpreendidos pelo mesmo, ao abrirem a porta da viatura policial de transporte de detidos, tendo o detido encetado fuga e conseguido libertar-se da algema de um dos pulsos durante o seu trajeto de fuga", refere a PSP, confirmando que o detido tem nacionalidade estrangeira e sobre o qual pendia mandado de detenção europeu.

No dia seguinte, a GNR dava conta da detenção do homem na localidade de Estômbar em Lagoa, a mais de 250 quilómetros de distância de Lisboa. Como lá chegou, não se sabe, mas sabe-se que… ainda tinha as algemas no pulso.