Os dois assassinos da ativista Marielle Franco foram condenados esta quinta-feira a penas de 78 anos e 59 anos de prisão.

Ronnie Lessa, atirador que matou Marielle e o seu motorista, foi condenado a 78 anos, nove meses e 30 dias de prisão. Élcio Queiroz, condutor do carro usado no crime, foi condenado a 59 anos, 8 meses e 10 dias.

A decisão foi tomada por um júri composto por sete homens.

Assassino pediu desculpa às famílias

"Eu preciso de pedir desculpa às famílias. Eu perdi o meu pai recentemente e foi horrível. Perder um filho deve ser a coisa mais triste do mundo. Infelizmente, não podemos voltar atrás no tempo. Ao confessar o crime, aliviei um peso dos meus ombros. Tenho a certeza de que será feita justiça", afirmou.

O julgamento aconteceu seis anos depois do crime - ocorrido a 18 de março de 2018 - e está, segundo Lessa, ligado a um esquema de exploração e especulação urbana orquestrada pelas milícias armadas do Rio de Janeiro.

No depoimento, Ronnie Lessa disse ainda que não estava nos planos matar o motorista do veículo em que Marielle viajava.

Além de Lessa e Élcio Queiroz, o deputado federal brasileiro Chiquinho Brazão e o seu irmão Domingos Brazão, membro do órgão de fiscalização de contas do estado do Rio de Janeiro, foram detidos sob suspeita de terem ordenado a morte da vereadora.

Ambos estão alegadamente ligados a grupos paramilitares criminosos, conhecidos como milícias, que cobram ilegalmente aos moradores por vários serviços, que dominam parte do território da cidade e, segundo as investigações, teriam ordenado que Lessa executasse o crime.

Com LUSA