A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) apontou o dedo ao que “não tem sido feito para prevenir e combater a violência”, após o ataque na escola da Azambuja que aconteceu esta terça-feira.

O problema da indisciplina e violência nas escolas está no topo das preocupações, segundo o comunicado divulgado pela FENPROF.

“Atos de violência, ainda que de menor gravidade do que este, acontecem sem que tenham sido tomadas medidas que os previnam ou combatam”, lê-se ainda.

A FENPROF frisou, também, que casos como este que aconteceu na Azambuja são sempre tratados primeiramente como imprevisíveis e isolados, mas que apesar do compromisso que no futuro vão ser “tomadas medidas preventivas (…) por norma não acontece" e “voltarão a repetir-se”.

“A estes atos não é alheio um problema de fundo, exterior à Escola, que resulta de uma cultura de violência, ódio e conflitos patentes em muitas regiões do mundo, discursos políticos, jogos eletrónicos, em algum cinema, mas não só. Ou seja, assenta numa cultura avessa à paz, à boa convivência, à gestão de conflitos que estão a montante da escola, sendo cada vez mais um problema social grave”, acrescentou a FENPROF.

De acordo com a Federação Nacional dos Professores para combater situações como esta é preciso apostar na prevenção.

“É necessário que as escolas possam decidir, no quadro da sua autonomia, medidas que poderão exigir o aumento de recursos humanos e a sua qualificação”, considerou ainda a FENPROF.

Recorde-se que seis alunos entre os 11 e 14 anos foram esta terça-feira esfaqueados por um colega na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja. O atacante usava um colete à prova de bala. A direção da escola informa que as aulas vão decorrer “normalmente” na quarta-feira.