
O número de mortos no desabamento do teto de uma discoteca em Santo Domingo, na semana passada, foi novamente revisto, subindo para 231, anunciou hoje o ministro do Interior da República Dominicana, Faride Raful.
"Confirmamos o número de vítimas que morreram no acidente em 231: foram registadas 221 no local e outras 10 foram registadas nos hospitais", revelou o ministro, em conferência de imprensa.
O serviço de saúde pública informou que 12 doentes permanecem hospitalizados, três dos quais em estado crítico.
As autoridades dominicanas tinha elevado no sábado para 226 o número de mortos.
O teto da discoteca desabou na madrugada de dia0 8 de abril, quando entre 500 e 1.000 pessoas assistiam a um concerto da estrela do merengue Rubby Pérez, que morreu no acidente. Cerca de 189 pessoas foram resgatadas.
Chocados com os acontecimentos, os familiares das vítimas exigem explicações sobre as causas da tragédia.
A presidência anunciou a criação de uma comissão de peritos nacionais e internacionais para determinar as causas do acidente.
Os seis dias de luto decretados pelo presidente Luis Abinader terminaram no domingo.
Entre as vítimas mortais estão um casal francês que vivia na República Dominicana e um italiano. Washington anunciou a morte de "vários cidadãos norte-americanos" na sexta-feira, sem adiantar um número. A comunicação social local noticiou que um queniano, um haitiano e venezuelanos morreram no desastre.
Localizada no Distrito Nacional de Santo Domingo, uma zona conhecida pela sua vida noturna e estabelecimentos de alto nível, a discoteca foi inaugurada em 1994 num edifício construído anteriormente para acolher um cinema.
Em 2023, sofreu um incêndio provocado por um raio que atingiu a instalação elétrica do edifício, mas o estabelecimento foi reaberto pouco tempo depois.
Diversas vozes têm alertado nos últimos dias sobre as condições de segurança do edifício da discoteca, depois da divulgação de vídeos que mostram momentos anteriores ao desabamento e que lançam várias dúvidas sobre a supervisão do local e a robustez da estrutura.
Considerada agora a maior tragédia do século na República Dominicana, o desastre supera, em termos de número de vidas humanas, o incêndio de 2005 numa prisão em Higuey, no leste do país, que custou a vida a 136 reclusos.