O presidente dos Estados Unidos da América admite que é possível uma guerra total no Médio Oriente. Joe Biden sublinha que é preciso encontrar uma solução para o conflito. Ao mesmo tempo, Israel prepara-se para entrar em território libanês.

Em entrevista à televisão norte americana ABC, Biden defende que, apesar de tudo, há hipótese de Israel chegar a acordo com o Hamas e o Hezbollah.

O primeiro-ministro israelita não revela, contudo, sinais nesse sentido. Benjamin Netanyahu voltou a prometer fazer tudo para que os residentes do norte de Israel regressem a casa e recusou avançar detalhes sobre as operações no Líbano.

“Não posso entrar em pormenores sobre tudo o que estamos a fazer, mas posso dizer-vos uma coisa: estamos determinados a fazer com que os residentes do Norte regressem em segurança às suas casas. Estamos a atacar o Hezbolla h como eles nunca imaginaram. Estamos a atacá-los em força e também de forma ardilosa”, declarou, esta quarta-feira, Netanyahu.

Já o chefe do exército israelita levantou um pouco mais o véu sobre os ataques de Israel ao Líbano. Herzi Halevi afirma que os ataques aéreos têm como objetivo preparar uma possível invasão terrestre.

Num vídeo divulgado, em que o chefe do exército se dirige às tropas israelitas, Halevi pede-lhes que entrem em território inimigo e que continuem a destruir as infraestruturas do Hezbollah.

“Temos atacado o dia todo para preparar o terreno para uma possível entrada e para continuar a atacar o Hezbollah”, diz o chefe militar. “Estamos a preparara uma manobra de entrada, o que significa que as vossas botas de manobra vão entrar em território inimigo.”

O exército afirma querer criar condições para os residentes do Norte regressarem em segurança.

O Líbano tem estado, nos últimos dias, a ser alvo de ataques por parte das forças israelitas, que pretendem combater o grupo Hezbollah.

A ofensiva, que já fez mais de 500 mortos, está a ser classificada como um dos maiores ataques de sempre de Israel no país.