Os líderes do Chega e da IL manifestaram hoje pesar pela morte do Papa Francisco, falando num "dia de tristeza", e BE e PCP realçaram a proximidade do pontífice à causa da paz e à defesa dos mais pobres.

Numa publicação na rede social 'X' (antigo Twitter), o presidente do Chega, André Ventura, salientou que "hoje é um dia de tristeza e sofrimento para os cristãos do mundo inteiro".

"O Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade e simplicidade que a todos tocou profundamente. Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública", apelou.

Na mesma rede social, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha lamentou "profundamente a notícia da morte do Papa Francisco".

"Os meus pensamentos estão com a nossa comunidade católica, com a Igreja Católica, com o Vaticano e com aqueles que o Papa Francisco inspirou em todo o mundo. A todos, apresento as mais sentidas condolências", lê-se na publicação.

À esquerda, a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, também utilizou a rede social 'X' para lembrar que o Papa Francisco "pediu a Paz".

"Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento. Condenou o ódio contra imigrantes e a "economia que mata". Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança", considerou a bloquista.

Numa nota enviada à comunicação social, o PCP considerou que Francisco "marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade "submetida a interesses financeiros"".

Os comunistas realçam que as encíclicas do Papa, Laudato Si' (Louvado Sejas) e Fratelli Tutti (Todos Irmãos), "constituem um avanço importante na doutrina social da Igreja".

"O PCP, que tem uma história de décadas e uma intervenção atual relevante com católicos e outros crentes, em diversas frentes de intervenção progressista, e onde tantos católicos participam nas lutas pela Paz e a transformação social, assinala a ação do Papa Francisco a favor do diálogo e contra a intolerância, e lamenta o seu falecimento e apresenta as suas condolências a todos os católicos e à Igreja Católica", lê-se na nota.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.