"Fala-se de cinco terroristas mortos no ataque das nossas forças e dos nossos amigos do Ruanda e houve muitos feridos", afirmou, pedindo para não ser identificado, uma fonte da força local -- um grupo de antigos combatentes contra o exército colonial português que apoiam as Forças de Defesa e Segurança na luta contra os insurgentes em Cabo Delgado.

Segundo a fonte, que falava a partir de Macomia, os confrontos aconteceram no Posto Administrativo de Quiterajo, entre o princípio da noite da última terça-feira e madrugada de quarta-feira, após as forças conjuntas moçambicanas e ruandesas descobrirem e invadirem um esconderijo dos rebeldes, a quase 70 quilómetros da sede distrital de Macomia, centro de Cabo Delgado.

"Foi um verdadeiro fogo, os terroristas estão em debandada", acrescentou a fonte.

Após o ataque, os rebeldes fugiram para a região de Namarrussia, à procura de novas zonas para a sua acomodação.

"Estão a fugir do fogo, a força no terreno não está a facilitar, é uma espécie de limpeza para o retorno das populações", declarou.

O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, disse, na última semana, que não é aconselhável o regresso das comunidades aos postos administrativos de Mucojo e de Quiterajo, porque as forças governamentais estão a trabalhar para a reposição da ordem e segurança públicas.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

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