Dois agentes do corpo de intervenção da PSP ficaram feridos na sequência dos confrontos que ocorreram na tarde desta sexta-feira no Rossio, em Lisboa, com manifestantes de extrema-direita e que levaram à detenção de três pessoas, entre as quais o neonazi Mário Machado, do Grupo 1143, e o líder do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro.

Em declarações aos jornalistas, o comandante da 1ª divisão do comando metropolitano da PSP considerou que a polícia teve "uma resposta adequada" perante os atos de violência provocados pelos apoiantes de grupos de extrema-direita e que "o sistema judicial vai funcionar". Iúri Rodrigues adiantou que a PSP está a "analisar o enquadramento jurídico" para decidir se os três detidos passam a noite na esquadra e são presentes a juiz este sábado ou se serão libertados e notificados para prestarem declarações mais tarde.

Além das três detenções, foram ainda identificadas quatro pessoas. Segundo o responsável da PSP, as autoridades vão agora "analisar as imagens dos confrontos captadas pelos órgãos de comunicação social" para identificarem outros possíveis envolvidos nos desacatos.

Questionado sobre o facto de os agentes terem demorado a atuar quando os apoiantes de grupos de extrema-direita se envolveram em confrontos com manifestantes antifascistas que participaram no desfile do 25 de Abril, o responsável explicou que "o planeamento tático demora algum tempo" e que, muitas vezes, "uma ocupação extensiva do espaço pela polícia faz com que as pessoas se tornem mais agressivas".