
Jeanette Vizguerra, uma ativista que ganhou notoriedade durante o primeiro mandato de Trump por ter escapado à deportação, foi detida na segunda-feira no local de trabalho, na cidade de Denver, no estado norte-americano do Colorado.
O New York Times, que cita Jordan Garcia, um ativista pelos direitos dos imigrantes, revela que Vizguerra, de 53 anos, estava na sua pausa de almoço quando foi interpelada pelas autoridades, na segunda-feira.
Na terça-feira, os advogados da detida contestaram legalmente a decisão das autoridades num tribunal federal.
A detenção da mulher que se tornou um símbolo para os imigrantes dos EUA motivou uma onda de protestos à porta do centro de detenção onde se encontra, em Denver.
Num comunicado citado pela Associated Press, a família revela que está esperançosa de que a equipa de advogados consiga encetar contactos com a os serviços de imigração dos EUA para que Jeanette Vizguerra seja libertada “imediatamente”.
Jeanette chegou aos EUA em 1997
Vizguerra, nascida no México, entrou pela primeira vez em solo norte-americano em 1997 e desde 2009 que luta contra a deportação, depois de ter sido detida pelas autoridades por ter um número de Segurança Social falso. Na época, declarou-se culpada e foi condenada a 21 dias de prisão.
No entanto, durante anos conseguiu lutar e recorrer do processo de expulsão. Em 2013, depois de ter regressado de uma visita ao México, voltou a enfrentar a Justiça.
Novamente, conseguiu adiar a deportação e, em 2017, após Donald Trump ter chegado ao poder pela primeira vez, decidiu refugiar-se numa igreja. Nesse ano, foi-lhe concedida uma suspensão da ordem de deportação por um período de dois anos, que não foi renovada em 2019.
Novamente, decidiu fazer as malas e mudar-se para uma igreja, onde acreditava que não seria detida, mas em 2020 terá decidido abandonar o espaço religioso de forma definitiva.
Deportação em massa de imigrantes ilegais é uma das principais bandeiras da administração Trump, que tem detido e expulsado do país, desde janeiro, milhares de pessoas indocumentadas.
Estima-se que mais de 11 milhões de pessoas vivam nos EUA sem estatuto legal, muitas das quais estão no país há décadas e constituem uma parte significativa da força de trabalho.