As forças de segurança sírias detiveram, esta quinta-feira, em Tartus (oeste) um alto responsável do regime deposto de Bashar al-Assad, numa operação marcada por confrontos mortíferos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A organização não-governamental referiu que o general Mohammed Kanjo Hassan, chefe da justiça militar durante o regime deposto no passado dia 08 e "responsável por numerosas condenações à morte" na prisão de Saydnaya, perto de Damasco, foi detido na cidade de Khirbet al-Ma'zah, juntamente com 20 membros da sua equipa de segurança.
Hassan condenou "milhares de pessoas à morte em julgamentos sumários", garantiu à agência France Presse Diab Seria, cofundador da Associação dos Detidos e Desaparecidos da Prisão de Saydnaya.
A associação calcula que o general tenha amealhado cerca de 150 milhões de dólares à custa das famílias dos detidos que pagaram, em vão, para obter informações.
A detenção de Hassan, "um dos criminosos do regime" de Assad, "representa um passo importante para obter justiça e processar os criminosos", congratulou-se ainda, na rede social X (antigo Twitter), a Coligação da Oposição Síria, que reúne as principais formações políticas no exílio.