Di María está a ser investigado em Itália por jogar poker em plataformas ilegais. A informação está a ser avançada pelo jornal "Corriere della sera".

As suspeitas fazem parte do mega escândalo de apostas ilegais em Itália e remontam ao período em que o extremo argentino jogava na Juventus.

O caso conheceu, esta sexta-feira, novos desenvolvimentos.

Entre os jogadores investigados estão, alegadamente, Alessandro Florenzi, Nicolò Zaniolo, Weston McKennie, Mattia Perin, Angel Di Maria, Leandro Paredes, Raoul Bellanova e Samuele Ricci.

Segundo o Ministério Público, os jogadores em causa não entravam na casa de apostas ilegal para ganhar dinheiro, mas apenas para ocupar o tempo livre.

Tal como é revelado pelas agências noticiosas ANSA e AGI, citando a Lusa, os jogadores estão sujeitos a uma coima de 250 euros e podem ainda ser objeto de um processo disciplinar por parte da Federação Italiana de Futebol (FIGC).

Tonali, que joga no Newcastle, e Fagioli, que agora alinha na Fiorentina, foram suspensos por 10 e sete meses, respetivamente, em outubro de 2023, tendo desde então cumprido as suas suspensões.

Tonali admitiu ter apostado em jogos de Brescia e AC Milan, suas antigas equipas, enquanto Fagioli, que era viciado em jogos de azar e apostas desportivas, contraiu mais de três milhões de euros em dívidas.

O comentador SIC Luís Cristóvão explica que, neste momento, ainda não é certo quais serão as implicações exatas do atleta do Benfica no caso. No entanto, recorda que já houve casos de outros jogadores suspensos devido à ligação com apostas ilegais, mas "foram, de forma clara e comprovada, questões que estavam ligadas a apostas em sites ilegais".

No caso de Di María, a situação parece ser diferente, pelo menos por enquanto, uma vez que ainda falta perceber se o jogador está envolvido em apostas ilegais, ou se a sua implicação se limita ao jogo de poker ilegal, alerta o comentador.

"Se estamos a falar de uma questão apenas de lazer, sem o intuito de ganhar dinheiro ou de beneficiar outros com esses ganhos, acredito que isso poderá ser uma atenuante", diz Luís Cristóvão , referindo-se ao jogo de poker apenas como uma forma de passatempo.
"Mas se ficar comprovado, como ficou no caso de Fagioli, que estava a convidar outros elementos para poder ter ganhos com isso, então aí o caso é mais grave", acrescenta.