1 - Kamala em modo crise: desespero ou última oportunidade?

Está decretada a emergência na campanha Kamala: a vantagem nas sondagens nacionais reduziu para metade, ou até menos, em menos de um mês.

Nos estados decisivos, passou de pequena vantagem para pequena desvantagem, mas com a tendência quase diária de ir aumentando. A eleição ainda está em aberto, mas as hipóteses de Kamala estão a reduzir.

De quarta para quinta da semana passada, Nate Silver passou a dar mais probabilidade de vitória a Trump: 50,2% (no dia anterior era 49,3%).

Em email para os seus apoiantes, Harriz e Walz lançaram o aviso:

"Se as eleições fossem hoje, muito provavelmente perderíamos. Somos os "underdog". Já há vários estados onde a votação antecipada vai avançando. As sondagens estão estatisticamente empatadas nos estados decisivos. Temos que nos mobilizar. Ainda temos tempo".

James Zirin, no “Washington Times”, aponta:

“Como Kamala Harris ainda pode terminar forte contra Donald Trump: a vice-presidente, uma veterana procuradora, ainda tem tempo para um grande argumento final, mas Harris precisa aprimorar o seu caso perante o júri e ilustrar o perigo de um segundo mandato de Trump sem relitigar o passado”.


2 - "Biden e Zelensky são os culpados da guerra na Ucrânia"

Perante a possibilidade (bem) real de Donald Trump voltar à Casa Branca, ouvir o candidato presidencial republicano defender (por omissão) Putin e atacar Biden e Zelensky é especialmente preocupante.

E ainda mais preocupante é perceber que isto já quase passa em claro.

“Esta é uma guerra perdedora e seu fosse presidente teria sido tão fácil de resolver. Se tivéssemos um presidente com metade de um cérebro…” Sem qualquer referência a Putin, que passa totalmente incólume na avaliação de Trump, o que se estranha ainda mais se atendermos ao que foi revelado no livro de Bob Woodward: mesmo depois de ser Presidente, Trump falou pelo menos sete vezes com Putin.

Donald Trump não apresentou, até hoje, qualquer plano concreto para acabar a guerra na Ucrânia. Mas garante, como uma espécie de mantra, que a acabará em 24 horas, “num telefonema”. Insiste que a guerra “nunca teria começado” sob sua liderança.

UMA INTERROGAÇÃO: Ainda haverá tempo para Kamala Harris mudar de estratégia?

Estados decisivos

Carolina do Norte - Kamala 47 / Trump 47 (Carolina Journal/Cignal, 12 a 14 out)

Michigan - Kamala 48 / Trump 48 (Rasmussen Reports, 9 a 14 out)

Arizona - Trump 51 / Kamala 48 (CBS News, 11 a 16 out)

Voto popular

Kamala 50 / Trump 49 (Emerson, 14 a 16 out)