1 - Uma corrida mesmo muito renhida

Nate Silver, o "mago" da análise de sondagens, aponta no seu "Silver Bulletin": “Em 16 anos de previsões eleitorais, nunca vi uma eleição tão próxima. As nossas médias de pesquisas em sete estados indecisos – em ordem alfabética: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin – estão dentro de dois pontos percentuais.

Um erro sistemático nas pesquisas, ou uma mudança na disputa nas últimas seis semanas da campanha, poderia resultar num candidato varrendo todos esses estados.”

Reuters

Harris tem neste momento 1,9% de avanço no voto popular nacional (Biden a 44 dias da eleição de 2020 tinha +6,5%). Na Pensilvânia, o mais decisivo dos estados decisivos, Kamala tem uma vantagem ínfima de 0.7% na média de sondagens (RealClearPolitics), Biden tinha por esta altura +3,9%.

Este duelo Kamala/Trump parece estar a ser mais renhido ainda que Biden/Trump 2020. Perigoso, muito perigoso.

2 - Demasiado tarde para novo debate?

Kamala Harris quer novo debate a 23 de outubro, falta saber se desta vez Trump diz sim. Depois do grande triunfo no debate de Filadélfia, a democrata dá sinal de que sente que tem mais a ganhar com novo duelo com o adversário, embora Trump jure que ganhou “largamente” o primeiro debate, algo que nenhum estudo ou comentário independente aponta.

Esse novo debate seria na CNN a 23 de outubro, ou seja, a duas semanas das eleições. O debate já feito entre os dois foi na ABC, sendo que o duelo Biden/Trump de 27 de junho foi na CNN. Se não estiver interessado em aceitar, Trump terá já um argumento válido: já houve um na CNN, embora com Biden e ainda não houve na Fox New, ou na NBC ou na CBS.

Eduardo Munoz

“É demasiado tarde para organizar um novo debate. A votação já começou”, afirmou Donald Trump, citado pela AFP, num comício na Carolina do Norte, referindo-se ao início da votação antecipada, na sexta-feira, em alguns estados norte-americanos.

UMA INTERROGAÇÃO: Será que Donald Trump ainda muda de ideias e ainda veremos mais um debate até às eleições?

Todos os Presidentes dos EUA

16 – Abraham Lincoln (1861-1865)

Vice-Presidentes: Hannibal Hamlin e Andrew Johnson

Partido: Republicano / National Union

Advogado, liderou a nação durante a Guerra Civil. Conseguiu preservar a União, abolir a escravatura, cimentar o governo federal e modernizar a Economia americana. Continua, por tudo isto, a ser apontado como o mais relevante e bem-sucedido Presidente da história americana.

17 – Andrew Johnson (1865-1869)

Vice-Presidente: vaga não preenchida durante o mandato

Partido: Democrático / National Union

Vice-presidente no momento do assassinato de Lincoln, subiria à presidência em momento trágico para o país. Tinha sido, como democrata, o número dois do “ticket” de União Nacional liderado pelo republicano Lincoln. Foi alvo de impeachment depois de um conflito entre democratas e republicanos no Congresso. Mas seria ilibado da acusação no Senado. Comprou o Alasca aos russos.

18 – Ulysses Grant (1869-1877)

Vice-Presidentes: Schuyler Colfax e Henry Wilson

Partido: Republicano

Liderou o exército unionista na Guerra Civil e os Radical Republicanos durante a Reconstrução, para defender os negros e refazer a Marinha americana.

(amanhã: Rutherford Hayes, James Garfield, Chester Arthur)

Uma sondagem

NEVADA -- Kamala 48 / Trump 48

(The Hill/Emerson, 15 a 18 set)