Os médicos e enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cumprem esta quarta-feira o segundo dia de greve nacional. Junto ao Ministério da Saúde está a decorrer uma concentração de enfermeiros.

Em declarações aos jornalistas, José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) garantiu que o sindicato pretende que o Governo marque uma nova ronda de negociações e alertou que caso não haja "justas e sensatas soluções" por parte do ministério vão avançar para "novas formas de luta".

Além disso, durante as declarações, José Carlos Martins, falou sobre a forte adesão à greve.

"A expressiva adesão que se praticou à greve ontem e que se mantém hoje nos mesmos níveis elevados traduz-se em duas coisas: primeiro que se mantém um amplo descontentamento dos enfermeiros e em segundo que os enfermeiros mostram disponibilidade para continuar a lutar justas e sensatas soluções para o conjunto de problemas com os quais são confrontados", disse.

PCP diz que protestos servem para defender SNS

Presente na concentração de enfermeiros esteve Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, que acusou o Governo de estar a "acelerar" a degradação do SNS.

Para Paulo Raimundo os enfermeiros não estão apenas a lutar pela valorização da profissão, mas também pela defesa do SNS.

"Estes enfermeiros estão aqui hoje em greve e em protesto a lutar pelos seus diretos, pelas suas profissões, pelas suas carreiras, mas também pelo Serviço Nacional de Saúde", garantiu.