O "estilo de vida saudável do povo chinês e a implementação de uma série de estratégias" por parte das autoridades tiveram um "efeito direto na melhoria da saúde" da população do país asiático, explicou hoje o diretor da Comissão Nacional de Saúde, Lei Haichao, numa conferência de imprensa, à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão legislativo máximo do país.

Lei detalhou que a esperança média de vida em 2024 foi um ano e sete meses superior à de 2019, o que representa um "ritmo de melhoria bastante positivo" em cinco anos.

O responsável destacou ainda a "diminuição do fosso" na esperança de vida entre as diferentes regiões do país, o que disse ser sintomático de "uma melhoria na igualdade [nos acessos] à saúde".

Lei afirmou que a esperança de vida ultrapassa atualmente os 80 anos em cidades como Pequim e Xangai (leste) e em províncias costeiras como Jiangsu (leste), Shandong (leste), Zhejiang (leste), Guangzhou (sudeste) e Hainan (sul).

Nas últimas décadas, a China registou ganhos em muitos indicadores de saúde, como a esperança de vida e a mortalidade infantil, embora os dados tendam a ser diferentes entre as prósperas cidades costeiras e as zonas do interior e do leste do país, menos desenvolvidas.

A China registou declínios populacionais em 2022, 2023 e 2024, as primeiras contrações desde 1961, quando o número de habitantes diminuiu em resultado do fracasso da política de industrialização do Grande Salto em Frente e da fome que se lhe seguiu.

Estima-se que, em 2035, cerca de 400 milhões de pessoas com mais de 60 anos vivam no país asiático, o que representará mais de 30% da população da China, com o consequente impacto negativo na força de trabalho e na economia do país.

 

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