
Os Estados Unidos notificaram o Programa Alimentar Mundial (PAM) do encerramento de alguns dos últimos programas humanitários vitais no Médio Oriente, disseram hoje fontes oficiais norte-americanas e da ONU.
De acordo com uma carta enviada pela Casa Branca para a ONU, os projetos foram cancelados "por conveniência do Governo dos EUA", numa estratégia conduzida por Jeremy Lewin, um funcionário do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderada pelo conselheiro especial Elon Musk.
Cerca de 60 cartas a cancelar contratos foram enviadas na semana passada, incluindo para grandes projetos com o PAM, o maior fornecedor mundial de ajuda alimentar, de acordo com um funcionário governamental norte-americano.
Alguns dos últimos fundos restantes dos EUA para programas importantes no Iémen, na Somália, no Afeganistão e no Zimbabué, no sul de África, também foram afetados, incluindo os que fornecem alimentos, água, cuidados de saúde e abrigo a pessoas deslocadas pela guerra.
O Governo do Presidente Donald Trump prometeu poupar os programas mais urgentes e vitais nos cortes à ajuda, bem como programas de desenvolvimento através do Departamento de Estado.
O Governo norte-americano já cancelou milhares de contratos de ajuda humanitária ao desmantelar a USAID -- a agência dos Estados Unidos para ajuda internacional -- que Trump acusou de desperdício e de promover causas liberais.
Os contratos recentemente rescindidos estavam entre cerca de 900 programas sobreviventes que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse ao Congresso que pretendia preservar.