Os estudantes pelo fim ao fóssil até 2030 agendaram para 28 de abril uma marcha até à Assembleia da República, em Lisboa, anunciou esta quinta-feira uma das porta-vozes do movimento na origem da ação.

"No dia 28 de abril, nós vamos sair das nossas aulas e marchar até à Assembleia da República numa greve. Todas as pessoas [...], sejam estudantes ou não, estão mais que convidadas, obviamente, a aparecer", garantiu Matilde Ventura, à margem da sentença, em Lisboa, do ativista hoje condenado a uma multa por ter atingido Luís Montenegro com tinta, durante a campanha eleitoral para as Legislativas de 2024.

A ativista acrescentou que "nas semanas seguintes" a 28 de abril, período da campanha para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, "os estudantes não vão consentir com um Governo que não se comprometa" com a Carta dos Estudantes pelo Fim ao Fóssil até 2030.

"Todos os partidos que têm intenção de formar governo têm de se comprometer com a Carta de Estudantes pelo Fim ao Fóssil até 2030. Se não o fizerem, não vão ter legitimidade para governar", defendeu Matilde Ventura.

O documento, com mais de 900 assinaturas, exige ao Governo a apresentação de "um plano para acabar com a queima e o uso de combustíveis fósseis" em Portugal até 2030, "através de uma transição justa que não prejudique aqueles que não causaram" a crise climática que toda a população enfrenta.