O incêndio que deflagrou na quarta-feira na Ribeira Brava, na Madeira, alcançou a freguesia do Curral das Freiras e obrigou à retirada de residentes, estando a ser combatido por 56 operacionais, apoiados por 18 viaturas e um meio aéreo.
De acordo com a última atualização divulgada às 10h15 pelo Serviço Regional da Proteção Civil (SRPC) da Madeira, o combate ao incêndio "tem sido especialmente difícil devido à progressão do fogo em áreas de difícil acesso terrestre".
Após ter deflagrado no concelho da Ribeira Brava, o fogo continua "ativo, tendo atingido a freguesia do Jardim da Serra, no concelho de Câmara de Lobos, e já alcançado a freguesia do Curral das Freiras".
"No Curral das Freiras, o incêndio já se espalhou por toda a encosta, colocando em risco as áreas de Seara Velha e Terra Chã de Cima, tendo o evoluir do incêndio nesta freguesia originado a evacuação de residentes das suas habitações por segurança e precaução, desencadeada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Câmara de Lobos", avança a Proteção Civil.
Já no concelho de Câmara de Lobos, o fogo está "ramificado entre as localidades do Jardim da Serra e Curral das Freiras", sendo que, no Jardim da Serra, "as chamas aproximam-se de zona habitacional, apesar de ainda não haver residências em perigo".
Na Ribeira Brava, o incêndio "continua ativo na frente da Encumeada", mas "fora de zonas habitacionais", sendo que uma Equipa de Combate a Incêndios Rurais (ECIR), afeta aos Bombeiros Mistos da Ribeira Brava e Ponta do Sol, "mantém vigilância ativa" no local.
Segundo a Proteção Civil, no terreno estão atualmente 56 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos, Companhia de Bombeiros Sapadores do Funchal, Bombeiros Voluntários Madeirenses, Bombeiros Mistos da Ribeira Brava e Ponta do Sol, Companhia de Bombeiros Sapadores de Santa Cruz, Bombeiros Municipais de Machico e Comando Regional de Operações de Socorro (CROS).
A apoiá-los estão 18 viaturas, um meio aéreo e a Unidade Móvel de Telecomunicações e Emergência do SRPC.
"Apesar das condições adversas, como altas temperaturas, baixa humidade, ventos fortes e orografia complexa, as equipas encontram-se no teatro de operações a desenvolver todos os esforços para controlar as chamas e salvaguardar as residências", destaca a Proteção Civil, apelando à população para evitar deslocações desnecessárias para as áreas afetadas.
Na sexta-feira à noite, fonte do gabinete do presidente do executivo madeirense disse à agência Lusa que o Governo da República ofereceu apoio no combate ao incêndio, mas Miguel Albuquerque transmitiu que os meios no terreno eram suficientes nesta altura.
"O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, contactou o presidente do Governo Regional no sentido de apoiar no combate aos incêndios", disse à agência Lusa fonte do gabinete de Miguel Albuquerque.
O presidente do Governo madeirense, segundo a mesma fonte, informou que "devido às zonas de difícil acesso" onde se verificam os fogos, não é possível afetar mais meios e "até o helicóptero nem sempre pode atuar devido ao vento".
"De momento, não é necessário", reforçou.