
As forças da junta militar de Myanmar continuam os bombardeamentos em Sagaing, um dia após o sismo de magnitude 7,7 que provocou pelo menos 1.644 mortos, denunciou hoje o Governo de Unidade Nacional (NUG), que faz parte da oposição.
O NUG controla sobretudo a periferia de Myanmar (antiga Birmânia).
A agência birmanesa Shwe Phee Myay já tinha informado, na sexta-feira, que várias casas foram destruídas na aldeia de Shan devido aos bombardeamentos do Exército de Libertação Nacional.
Na sequência do sismo, o exército declarou estado de emergência em Sagaing, Mandalay, Magway, Shan, Naypyidó e Bago, áreas onde existe um conflito ativo entre o exército e várias guerrilhas.
O número de mortos após o terramoto que atingiu Myanmar na sexta-feira subiu hoje para 1.644, enquanto 3.408 pessoas ficaram feridas, segundo o mais recente balanço da junta no poder.
Pelo menos 139 pessoas continuam desaparecidas na sequência do terramoto de magnitude 7,7, de acordo com um comunicado da equipa de informação da junta, divulgado através do canal de rádio e televisão oficial.
Um balanço anterior apontava para 1.007 mortos e 2.389 feridos.
A maioria das vítimas foi registada na região de Mandalay (a segunda maior cidade do país), considerada a mais afetada com o sismo, ocorrido às 12:50 locais (06:20 de Lisboa) de sexta-feira, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).