
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou hoje o Papa Francisco, que morreu aos 88 anos, "o Papa do Povo" e "um exemplo de entrega ao próximo".
Numa nota de pesar, o líder do executivo regional açoriano refere que recebeu "com profundo pesar a notícia do falecimento" do chefe da Igreja Católica.
"Jorge Mario Bergoglio foi um homem que marcou o nosso tempo. Um Papa próximo, simples, com um sorriso aberto e genuíno que transmitia paz e esperança. A sua vida foi um exemplo de entrega ao próximo - viveu para servir, guiado por uma fé inabalável e por um amor verdadeiro pela humanidade", afirma.
José Manuel Bolieiro refere que Francisco "foi o Papa do Povo" e "tocou milhões de corações com gestos pequenos e palavras certeiras".
"Falou sempre com clareza e verdade, procurando pontes onde havia muros. A sua liderança espiritual será lembrada não apenas pela posição que ocupou, mas pelo modo como a exerceu - com humildade, empatia e coragem", sublinha.
Bolieiro escreve que teve a honra de testemunhar, "com grande emoção, a presença do Papa Francisco em Portugal, durante as Jornadas Mundiais da Juventude de 2023, em Lisboa".
Na nota de pesar, recorda que no discurso aos voluntários o Papa disse que "quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve, quem ama corre para servir, corre empenhado no serviço aos outros".
"Estas palavras definem-no. Francisco amou, serviu, correu pelo bem dos outros. Não cruzou os braços perante as adversidades deste mundo e desafiou-nos a fazer o mesmo. Defendeu um novo humanismo - mais solidário, mais fraterno, mais humano. E é esse legado que devemos preservar", escreveu, sublinhando a importância de esse caminho ser continuado por todos.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.