"Isto é um crime e os responsáveis vão enfrentar toda a força da lei", disse aos jornalistas o primeiro-ministro australiano.

Anthony Albanese disse que a Austrália era uma "nação multicultural" e que não havia lugar para tais atos de ódio, de acordo com uma transcrição dos seus comentários, divulgada no portal do Governo.

"Acho que pintar uma suástica num edifício judeu resume o quão patéticos estes indivíduos são e qual o seu objetivo final", disse aos repórteres o primeiro-ministro do estado de Nova Gales do Sul, Chris Minns, onde se situa a cidade de Sydney.

Os investigadores vão analisar as imagens de todas as câmaras de vigilância na área da sinagoga, disse o comissário assistente da polícia de Nova Gales do Sul, Peter McKenna.

"É desprezível. Não é assim que as coisas funcionam na Austrália, (...) e aqueles que fazem este tipo de coisas precisam de perceber que vamos sair em força para os procurar. Que serão encontrados. Que serão julgados", disse McKenna.

O grupo de deputados judeus de Nova Gales do Sul considerou o ataque inaceitável e disse que ninguém deve viver com medo de crimes antissemitas.

"As leis devem ser aplicadas de forma mais eficaz para lidar com o discurso de ódio e a incitação à violência", disse o grupo, na rede social X.

No início de dezembro, um ataque, classificado pelas forças de segurança da Austrália como um ato terrorista, causou um incêndio numa sinagoga na cidade de Melbourne.

O incêndio representa uma escalada dos ataques direcionados que têm acontecido na Austrália desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em outubro de 2023.

Carros e edifícios foram vandalizados e incendiados por toda a Austrália em protestos contra a guerra.

Uma lei federal proibiu em janeiro de 2024 a saudação nazi e a exibição pública de símbolos nazis.

O Governo australiano nomeou em 2024 assessores especiais para combater o antissemitismo e a islamofobia na comunidade.

Em novembro, um tribunal australiano condenou o supremacista branco Jacob Hersant a um mês de prisão por fazer a saudação nazi em público, na primeira pena privativa de liberdade por este delito no país.

A sentença imposta por um juiz do tribunal de magistrados de Melbourne é mínima em comparação com a pena máxima de um ano de prisão e multas de mais de 16 mil dólares americanos (14.832 euros) previstas pelas leis do estado australiano de Victoria, onde o julgamento ocorreu.

 

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