De acordo com Yerlikaya, os detidos incluem membros de até uma dúzia de "organizações terroristas", e muitos deles têm condenações anteriores por crimes relacionados com drogas, roubo, fraude, assédio e exploração sexual e agressão.

As forças de segurança - que contam com mais de 120 feridos nas suas fileiras - apreenderam bastões, 'cocktails molotov', machados e facas.

"Que ninguém tente usar a nossa juventude e o nosso povo como escudo para as suas próprias ambições políticas", avisou o ministro do Interior numa publicação nas redes sociais, onde ameaçou ainda que estas ações terão um elevado preço político e legal.

Yerlikaya sublinhou que as autoridades turcas estão de alerta para garantir "a paz e a segurança".

"Aterrorizar as nossas ruas ou ameaçar a paz e a segurança da nossa nação não será tolerado em nenhuma circunstância", acrescentou o ministro, pedindo às pessoas para que "sejam cautelosas" perante as provocações e para que atuem "com bom senso".

Yerlikaya realçou que a Constituição turca prevê o direito de manifestação, desde que não se tornem violentas, explicando que as autoridades têm o poder de restringir o direito de reunião e de manifestação por razões de segurança e para preservar a ordem pública.

Milhares de pessoas saíram às ruas em Istambul e noutras cidades turcas nas últimas noites para protestar contra a detenção de Imamoglu -- um dos principais opositores do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan - acusado de corrupção.

No domingo, Imamoglu foi eleito candidato do CHP às eleições presidenciais agendadas para 2028.

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