É o próprio primeiro-ministro Luís Montenegro quem anuncia o fim das negociações com os Bombeiros Sapadores. Nove reuniões, e acesos protestos, depois, o Governo diz que não pode dar mais.

"O Governo, após nove reuniões negociais com os Bombeiros Sapadores, chegou ao ponto onde esgotou a possibilidade de ir mais longe relativamente às condições de valorização remuneratória e de perspetiva de carreira", declarou o líder do Executivo, tendo ao seu lado a ministra da tutela, Margarida Blasco.

A proposta em cima da mesa é de um aumento de 37 % do estatuto remuneratório até 2027. Segundo o chefe do Governo, trata-se de um acréscimo de quatro vencimentos mensais a cada ano.

Esta é a oferta limite do Executivo, "com a responsabilidade e obrigação que tem de gerir toda a Administração Pública com sentido de equidade, de justiça relativa e de valorização da função de cada um”.

O anúncio de Montenegro foi feito à margem da tomada de posse do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) e com um aviso: se o impasse persistir, o Governo avançará unilateralmente sem ter em conta as mais recentes aproximações.

"O Governo valoriza o resultado das negociações se elas forem bem-sucedidas. Se não forem, naturalmente, que esse esforço de aproximação não será tão evidente", acentuou o primeiro-ministro, dizendo que então, se persistir um cenário de impasse, o executivo avançará de forma unilateral.