O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, prometeu esta terça-feira "apoios públicos abundantes" para a recuperação de casas destruídas pelos incêndios nas regiões Norte e Centro do país, que poderão chegar a 85% do custo da reparação.

No final de uma reunião com autarcas do distrito de Aveiro, cujos territórios foram ou estão a ser fustigados pelos incêndios, Castro Almeida considerou que a prioridade é que as pessoas possam reconstruir as suas casas e as empresas afetadas possam voltar a laborar "quanto antes".

No caso das unidades fabris consumidas pelo fogo, em especial nas zonas de Talhadas (Sever do Vouga) e Albergaria-a-Velha, o ministro disse que o tipo de apoios será diferente, já que as empresas habitualmente têm seguros para estas situações.

Castro Almeida admitiu que poderá haver recurso a fundos europeus para fazer face aos prejuízos dos incêndios, o que poderá passar pela sua reprogramação.

Já quanto às habitações, que estimou em cerca de 60 a 70 entre os concelhos de Sever do Vouga, Águeda e Albergaria-a-Velha, serão as autarquias a liderar o processo de recuperação, auxiliadas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

"Cada caso é um caso", disse, para adiantar que poderão haver obras de reabilitação feitas diretamente pelos particulares, como também serem as câmaras a fazê-las.

"Vai haver fundos públicos abundantes, que deverá ser um valor aproximado de 85% do custo da reparação", disse.

"Não é um valor que esteja ainda fechado, mas será dessa ordem", esclareceu, acrescentando que "vai ser um apoio público muito substancial".

Já quanto às empresas, que estão no seu roteiro para visitar durante a tarde, Castro Almeida disse que têm uma natureza diferente e o apoio terá outra configuração.

"Normalmente as empresas já têm seguros e aqui vamos poder envolver fundos europeus, mas temos que avaliar globalmente a situação, porque pode ser preciso fazer uma reprogramação", declarou.