
O México registou, esta terça-feira, a primeira morte de um humano com gripe das aves. Trata-se de uma criança de três anos.
A primeira morte por gripe das aves H5N1 no México aconteceu no estado de Coahuila, no norte do país.
De acordo com as autoridades de saúde de Coahuila, a menina tinha três anos. Morreu devido à falência múltipla de órgãos provocada pelo vírus H5N1. Estava hospitalizada há dois dias em estado grave.
"Ao início da manhã, recebemos a confirmação da trágica morte de uma menina de três anos, que estava hospitalizada. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos", diz o secretário de Estado da Saúde de Coahuila, Eliud Aguirre.
Não foi determinada a origem da infeção da criança, que estava hospitalizada em Torreón. Porém, está a ser estudada a possibilidade de uma tempestade de poeira ter arrastado resíduos infetados de aves ou gado.
Foi o primeiro e único caso reportado de gripe aviária em humanos no país. As autoridades estão agora a averiguar a possibilidade de existirem outros casos de infeção e a controlar as explorações avícolas.
Também nos Estados Unidos morreu um homem com gripe das aves, em janeiro deste ano. O homem, com mais de 65 anos, que tinha "problemas de saúde subjacentes", adoeceu "após a exposição com aves não comerciais e aves selvagens".
Transmissão para humanos
Em Portugal, não há registo, para já, de gripe das aves em humanos. A transmissão para humanos acontece raramente, contudo, quando ocorre pode levar a um quadro clínico grave.
O vírus, que afeta sobretudo aves, não se transmite pelo consumo da carne. É também seguro comer ovos. A cozedura dos alimentos elimina o vírus e o ambiente ácido do estômago humano neutraliza-o.
A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infetados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infetados ou ambientes contaminados.
Os sintomas da gripe aviária em humanos podem incluir conjuntivite, tosse, febre alta, dores musculares e falta de ar.
Desde a sua identificação, em 1996, o vírus H5N1 circula globalmente, tendo sido detetado em aves selvagens e mais de 60 espécies de mamíferos, como focas, leões marinhos, gatos, cães e porcos.
Com Lusa.