O grupo xiita pró-iraniano afirmou que Ahmed Mahmoud Wahbi liderou as operações militares da sua unidade de elite Radwan até o início deste ano em apoio ao Hamas palestiniano, em guerra contra Israel em Gaza desde 07 de outubro de 2023. 

Num comunicado, o movimento islamita admitiu que o ataque de sexta-feira matou 15 combatentes do Hezbollah, entre eles o chefe da unidade Radwan, Ibrahim Aqil.

Por seu lado, a partir de Gaza, o movimento islamita Hamas lamentou hoje a morte de Aqil, garantindo que Israel vai pagar "um preço elevado" pelo ataque.

"Este crime cometido pela ocupação [israelita] é um ato imprudente pelo qual pagará um preço elevado, e o sangue do líder mártir Ibrahim Aqil [...] será a chama que engolirá esta entidade artificial", declarou o Hamas em comunicado.

O Hezbollah confirmou, além da morte de Wahbi, as de dois outros comandantes das forças especiais de Radwan, Abu Yasser Atar e Al Hajj Nineveh. 

O Hamas agradeceu à Resistência Islâmica no Líbano os "grandes sacrifícios feitos" para continuar a apoiar o povo palestiniano, enquanto o Hezbollah ataca o norte de Israel como gesto de solidariedade para com a guerra em Gaza, e tem reiterado repetidamente que não vai parar até que a guerra termine.

O bombardeamento de um edifício residencial nos subúrbios do sul de Beirute, conhecido como Dahye, já fez pelo menos 14 mortos e 66 feridos, segundo o último balanço do Ministério da Saúde Pública libanês.

O assassinato de Aqil ocorre menos de dois meses depois de um outro atentado atribuído a Israel ter matado o então principal comandante militar do Hezbollah, Fouad Chokr, também num edifício em Dahye.

Desta vez, o novo ataque seguiu-e-se a duas vagas de explosões de milhares de dispositivos de comunicação transportados por membros do Hezbollah - e atribuídos a Israel - em que 37 pessoas morreram e quase 3.000 ficaram feridas no Líbano.

 

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