O incêndio que deflagrou na quarta-feira na Ribeira Brava, concelhos do oeste da Madeira, e se propagou quinta-feira para Câmara de Lobos, "continua a avançar em direção ao Curral das Freiras", informou a proteção civil.
Esta foi a informação divulgada ao início da noite de hoje pelo Serviço Regional da Proteção Civil da Madeira (SRPC) sobre o fogo que mantém uma frente ativa,"embora fora de zona habitacional", na Ribeira Brava.
Esta frente "encontra-se numa área inacessível aos meios terrestres e, neste momento, é considerada sem perigo imediato", segundo a mesma fonte.
No local permanece um veículo de combate a incêndios e três operacionais da equipa de combate a incêndios rurais dos Bombeiros Mistos da Ribeira Brava e Ponta do Sol.
Quanto à situação no concelho de Câmara de Lobos, contíguo a oeste do Funchal, mantêm-se duas frentes ativas, uma das quais "em direção a uma zona habitacional" e outra orientada a norte, com progressão para a vereda da Encumeada.
O SRPC salienta que "devido à complexidade da situação, foi reforçado o número de veículos e operacionais no local", estando no combate ao fogo neste local oito meios de combate a incêndios e 26 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos, Companhia de Bombeiros Sapadores do Funchal e Bombeiros Voluntários Madeirenses.
A proteção civil regional destaca que o combate tem sido dificultado pelo facto de o fogo estar a progredir em áreas de difícil acesso.
O Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) da Madeira sublinhou que vários percursos pedestres classificados nas zonas afetadas estão encerrados, alertando que "muitos turistas não têm cumprido" com as informações divulgadas sobre a situação, pode ler-se na nota divulgada.
Estão encerrados os percursos pedestres das veredas do Areeeiro, Encumenda, Urzal e o Caminho Real da Encumeada.
Também a Câmara do Funchal informou que, depois de ter reunido com o comado dos bombeiros sapadores e o serviço municipal de proteção civil, decidiu reforçar a vigilância e a prontidão operacional dos serviços municipais.
O município reforçou ser proibida a realização de fogueiras, queimadas e queimas em qualquer local, a utilização, em espaço rural, de equipamentos que possam provocar faísca, como motorroçadoras com discos, motosserras, tratores sem proteções de escape, cabeças destroçadoras de mato, rebarbadoras, máquinas de soldar.
As costas norte e sul da Madeira, assim como as regiões montanhosas, encontram-se hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave numa escala de três), devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Sob aviso amarelo, o menos grave, está a ilha Porto Santo.