O Plano Regional de Emergência e Proteção Civil da Madeira deixa esta terça-feira de vigorar.
Segundo adiantou a Proteção Civil, o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil da Região (PREPCRAM) vai ser "desativado automaticamente" com o fim da vigência da declaração de situação de calamidade.
O plano regional de emergência tinha sido ativado em 17 de agosto.
Já o município da Ponta do Sol (o último a registar um foco de incêndio ativo), numa nota enviada às redações, informou que o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil já foi desativado, uma vez que o fogo foi controlado e a situação de alerta revogada.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.
Na segunda-feira, a proteção civil regional indicou que o fogo "está totalmente extinto".
Relativamente aos outros concelhos afetados pelo fogo, o presidente da autarquia de Câmara de Lobos, Leonel Silva, revelou à agência Lusa que o plano municipal de emergência vai manter-se por mais quinze dias, mas "apenas circunscrito à zona da Fajã das Galinhas".
O autarca realçou que aquela fajã continua a registar uma situação crítica devido à "perigosidade" da escarpa, insistindo na "necessidade de realojar" os habitantes da zona.
Já o presidente da Câmara da Ribeira Brava avançou que a autarquia vai aguardar pela desativação do PREPCRAM para revogar o plano municipal.
O município de Santana não ativou o plano de emergência.
Em 20 de agosto, Câmara da Ponta do Sol anunciou a ativação do Plano Municipal de Emergência devido ao incêndio rural na ilha da Madeira, seguindo a decisão que já tinha sido adotada pelas autarquias da Ribeira Brava e de Câmara de Lobos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.
Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
Com Lusa