"Uma salva de cerca de 60 'rockets' foi disparada", informou um porta-voz do Exército, depois de Israel ter atingido centenas de lançadores de 'rockets' prontos para serem utilizados para disparar projéteis contra solo israelita durante a noite.

No sul do Líbano, os residentes das cidades fronteiriças descreveram os bombardeamentos como de "uma intensidade nunca vista".

Após uma vaga de detonações que visaram esta semana milhares de equipamentos de transmissão ('pagers' e 'walkie-talkies') da milícia xiita libanesa, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, garantiu na quinta-feira que Israel iria receber "um castigo terrível".

O líder do Hezbollah acusou Israel de ter "ultrapassado todas as linhas vermelhas", denunciando um "massacre" que poderia constituir um "ato de guerra" ou mesmo uma "declaração de guerra".

As detonações, ocorridas em bastiões do Hezbollah nos subúrbios a sul de Beirute, bem como no sul e leste do Líbano, provocaram mais de 30 mortos e mais de três mil feridos.

A ONU e Washington alertaram para uma "escalada" após esta operação sem precedentes, que fez renascer ainda mais os receios de uma conflagração no Médio Oriente.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje de urgência para debater estes ataques, descritos por especialistas em direitos humanos mandatados pela ONU como uma violação "aterrorizante" do direito humanitário que pode constituir "crimes de guerra".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou na quarta-feira que os objetos civis não devem ser "transformados em armas".

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