O Teatro Municipal Baltazar Dias acolhe, este domingo, dia 13 de Abril, o espectáculo ‘radiografia’, uma criação de Nuno Aroso e João Reis, com desenho de luz de Pedro Fonseca e produção de som de Tomás Quintais. Os bilhetes têm um custo de 11 euros.

Os textos são da autoria de Andreia C. Faria, Ramiro Osório, Marcelo Félix e João Reis, e a música de Luís Antunes Pena, Inés Badalo e do próprio Nuno Aroso. Esta é a primeira vez que o espectáculo é apresentado com audio-descrição. O espectáculo é promovido pela associação cultural sem fins lucrativos Arte no Tempo.

Resultante de co-produção com o Teatro Académico Gil Vicente e o Teatro Aveirense, ‘radiografia’ é a segunda parte de uma trilogia dos mesmos criadores, que passou ainda por Castelo Branco, Tomar e Amadora, estando a estreia da terceira parte prevista para o final do próximo ano.

Sinopse:

Uma radiografia, simbólica e conceptualmente, aproxima-nos de uma ideia de transparência, de revelação, de exposição intensiva ao interior de alguém ou de alguma coisa. Essa possibilidade - atravessar a superfície das coisas, o muro da matéria, revelando o invisível, ampliando e definindo pormenores, sombras, contornos difusos e fantasmagorias -é território fecundo para todas as analogias.

Libertos de uma lógica narrativa por imposição, partimos de um conjunto de textos e poemas apanhados em alto mar, sem geografia que não aquela que se abre à dúvida e à incerteza. Fomos sobrepondo memórias e sinais que se anunciam como inquietações da alma, feridas abertas à especulação, epifanias que nos confrontam ora com a ideia de finitude, ora com a possibilidade de um diálogo íntimo, quem sabe inusitado, entre a música, a palavra e o gesto.