A junta de Myanmar declarou esta segunda-feira uma semana de luto nacional após o forte terremoto de sexta-feira que matou mais de 1.700 pessoas na antiga Birmânia e na vizinha Tailândia.

O período de luto vai até domingo, disseram, em comunicado, os militares no poder, adiantando que as bandeiras vão ser colocadas a meia haste.

Na sexta-feira, as autoridades de Myanmar apelaram à ajuda da comunidade internacional, um apelo considerado excecional, tendo em conta a dimensão dos danos humanos e materiais e o isolamento político da junta no poder.

Uma equipa de 37 socorristas chineses chegou a Myanmar no sábado, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. A União Europeia anunciou na sexta-feira uma ajuda de 2,5 milhões de euros ao país e mobilizou o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto.

Também na sexta-feira, várias organizações internacionais anunciaram a disponibilização de ajuda, incluindo a Organização das Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde, os Médicos Sem Fronteiras e os Estados Unidos.

Sismo foi sentido em vários locais

O sismo ocorreu às 12:50 (06:20 em Lisboa), a uma profundidade de 10 quilómetros (km), com epicentro localizado a cerca de 17 km de Mandalay, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que mede a atividade sísmica em todo o mundo.

Mandalay é a segunda maior cidade de Myanmar, com 1,2 milhões de habitantes, e a 270 km a norte da capital, Naypyidaw. Em Banguecoque, na Tailândia, a cerca de mil quilómetros de distância, foram registados, até ao momento, 10 mortos e 100 desaparecidos.

O sismo também foi sentido em várias cidades do sul da província chinesa de Yunnan, embora até agora os danos registados tenham sido pouco significativos.