O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou este sábado (2 de novembro) a expressar solidariedade ao monarca espanhol, Felipe VI, pelas consequências das inundações naquele país, enaltecendo a “resposta notável” da população.

Numa mensagem divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet lê-se que “na sequência de mensagem enviada ao Rei de Espanha logo no início dos dramáticos acontecimentos vividos no país irmão, o Presidente da República falou telefonicamente com Felipe VI”.

De acordo com a nota, o chefe de Estado português reforçou “a solidariedade do povo português perante as mais recentes notícias, que revelam a extensão dos sacrifícios pessoais e materiais, bem como a resposta notável do povo espanhol a esta tragédia sem precedente conhecido”.

Nas redes sociais, sob o lema “Só o povo salva o povo”, milhares de pessoas mobilizaram-se para prestar apoio às vítimas das inundações. Cerca de 15 mil voluntários, divididos em grupos organizados, chegaram esta manhã a Valência.

Estes voluntários vão atuar, sob a orientação de profissionais, nas zonas mais afetadas pelas cheias, escreve o “El Mundo”.

O governo regional (Generalitat Valenciana) agradeceu a onda de solidariedade e pede que o apoio se mantenha ao longo dos próximos dias.

O número de mortes em Espanha devido às inundações subiu para 205, continuando dezenas de pessoas desaparecidas, segundo o mais recente balanço das autoridades espanholas.

Várias regiões de Espanha, entre as quais a Comunidade Valenciana, no leste do país, estão desde terça-feira sob a influência de uma “depressão isolada em níveis altos”, um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em espanhol e como DINA em português.

O fenómeno causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos de Espanha, sobretudo na costa do Mediterrâneo, provocando prejuízos avultados.

Trata-se de uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha, ultrapassando as inundações de Biescas (Huesca) em 1996, com 87 mortos, e as inundações de Turia em 1957, em que morreram entre 80 e 100 pessoas.