O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) confirmou esta sexta-feira que não vai recandidatar-se ao cargo nas eleições que se realizam durante o congresso nacional, em maio, deixando a liderança da federação após 18 anos.

O Congresso Nacional dos Professores vai realizar-se nos dias 16 e 17 de maio em Lisboa, mas cerca de um mês antes, a 10 de abril, está prevista uma conferência de imprensa para anunciar os candidatos que as direções dos sindicatos da Fenprof vão apresentar a eleições.

Para já, é certo que Mário Nogueira não será um desses nomes, confirmou o próprio durante uma conferência de imprensa, na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, onde esteve reunido o Secretariado Nacional da Fenprof.

“Uma vez que irão sair deste congresso os coordenadores dos vários órgãos – secretário-geral, presidente do Conselho Nacional e presidente do Conselho de Jurisdição – nesse dia 10 de abril estaremos já em condições de dizer quem são os candidatos que a direção da Fenprof apresenta”, afirmou.

Na liderança da Fenprof desde 2007, o atual secretário-geral já tinha admitido que o congresso poderá ser “um momento de renovação dos quadros”, sem revelar se tinha a decisão tomada quanto à sua recandidatura.

Após a reeleição em 2019, Mário Nogueira afirmou que aquele seria o seu último mandato, mas no congresso nacional de 2022, num dos momentos de maior contestação dos professores dos últimos anos para exigir a recuperação do tempo de serviço, voltou a candidatar-se.

O secretário-geral garante, no entanto, que vai manter-se na federação. “Jamais era capaz de abandonar a Fenprof”, afirmou, acrescentando que, quanto à liderança, “é o momento próprio de sair”.

“Foram 18 anos muito bem acompanhado. Se não fossem os meus camaradas dos sindicatos e das coordenações, não tínhamos feito o que fizemos. Alguém tem de dar a cara, mas o trabalho é coletivo”, afirmou, em jeito de balanço.