O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, disse esta quinta-feira que o Governo não tem pressa em privatizar a TAP.

Em entrevista ao Programa Hora da Verdade da Rádio Renascença e do jornal Público, Miguel Pinto Luz, admitiu que o Estado pode ficar a gerir a companhia aérea se os interessados não cumprirem todos os requisitos impostos pelo governo.

"Não temos nenhuma vertigem, nenhuma necessidade absoluta de concluir este processo se não tivermos totais garantias de que a manutenção do hub, de que a sede social da empresa se mantém em Portugal, que as rotas estratégicas são mantidas. Se não encontrarmos um parceiro que nos garanta todos estes pré-requisitos, preferimos gerir a TAP como ela está", garantiu.

Miguel Pinto Luz acredita que o PS vai viabilizar o orçamento

No dia em que a proposta de Orçamento do Estado (OE) é entregue no Parlamento, o ministro das Infraestruturas e da Habitação diz-se convicto que o PS vai viabilizar o diploma pela abstenção, revelando que ficaria “muito, muito surpreendido” se isso não acontecesse.

"Estou convicto que o PS o viabilizará através de uma abstenção porque este OE vai em linha com aquilo que foram os pré-requisitos que o PS impôs para este Orçamento. O Governo foi ao encontro, praticamente a 100 %, daquilo que eram os pedidos do PS", afirmou.

Pinto Luz diz que não há negociações com o Chega

Na mesma entrevista, Miguel Pinto Luz garantiu que não há negociações com o partido de André Ventura e criticou o Chega por não ter uma posição clara sobre o Orçamento do Estado.

"Não há negociações com o Chega porque não é um partido confiável. Temos um histórico nesta legislatura de impossibilidade total de garantia da palavra do Chega. Sobre o Orçamento de Estado, já tivemos de tudo. Tem ao pequeno-almoço, ao almoço, ao jantar [uma posição diferente] e agora inaugurou as versões do lanche, da ceia. Já há posições para todos os gostos. É difícil negociar com um partido assim", disse.