O Ministério Público (MP) confirmou, nesta quarta-feira, a instauração de um inquérito relacionado com o caso da troca de tiros que envolveu a Guarda Nacional Republicana (GNR) em Bragança e que resultou na morte de um homem.
A confirmação surgiu em resposta à agência Lusa, que questionou a instituição sobre a situação ocorrida na terça-feira em Calvelhe, no concelho de Bragança, e os trâmites que se vão seguir.
Um homem de cerca de 60 anos acabou por morrer baleado após uma troca de tiros com a GNR. Dois militares ficaram feridos.
Numa curta resposta, o MP indicou: "confirma-se a instauração de inquérito relacionado com a matéria em referência".
Já na terça-feira à noite, numa nota de esclarecimento emitida pela GNR, a autoridade tinha informado que os factos tinham sido comunicados ao MP.
No mesmo esclarecimento escrito, a GNR afirmou que os militares ripostaram em defesa própria após terem sido recebidos a tiro na ocorrência em Calvelhe, distrito de Bragança.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso.
No mesmo comunicado, a GNR detalhou que foram acionados terça-feira, pelas 16:20, após terem recebido uma denúncia no posto territorial de Izeda, freguesia à qual pertence a aldeia de Calvelhe, no concelho de Bragança, que referia que um indivíduo estava a efetuar disparos contra trabalhadores que se encontravam num estaleiro de obra naquela localidade. Foram mobilizados seis operacionais.
Aquando da chegada da Guarda, o suspeito já se tinha ausentado do local, pelo que os militares se deslocaram à sua morada, para procederem à sua identificação.
"Ao chegarem junto da residência e anunciarem a presença da GNR, os militares foram recebidos com disparos de arma de fogo, efetuados a partir de um casebre anexo, aos quais ripostaram em defesa própria", explicou a GNR.
Na troca de tiros, o suspeito foi baleado mortalmente, tendo sido o óbito declarado ainda no local.
Um dos militares teve de receber tratamento hospitalar e recebeu alta durante a madrugada de quarta-feira, confirmou fonte do gabinete de Relações Públicas da GNR.
- Com Lusa