Segundo a LBP, em causa estão 81 viaturas, designadamente autotanques e viaturas florestais, adquiridas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e entregues pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) no qual estava incluído o veículo de combate a incêndios dos Bombeiros de Odemira envolvido no acidente mortal.
O presidente da LBP, António Nunes, disse à Lusa que a ministra Margarida Blasco deu orientações à ANEPC para comunicar às várias corporações de bombeiros com veículos adquiridos no âmbito do PRR para que retirem esses veículos de circulação até nova ordem.
A agência Lusa contactou o Ministério da Administração Interna sobre esta ordem de Margarida Blasco, e aguarda resposta.
António Nunes anunciou também que a LBP criou uma comissão técnica constituída por cinco elementos para avaliar a segurança de todos os veículos adstritos aos corpos de bombeiros, sejam ambulâncias ou carros de combate a incêndios.
O presidente da LBP explicou que a comissão vai investigar alguns dos maiores acidentes dos últimos três anos que causaram danos corporais aos bombeiros, frisando que muitos dos desastres acontecem a velocidade reduzida.
Um bombeiro morreu e quatro ficaram feridos, três dos quais em estado grave, na sequência do despiste do veículo de combate a incêndios da corporação de Odemira, no distrito de Beja, no dia 01 de janeiro.
Os bombeiros integravam uma das equipas de intervenção permanente (EIP) de Odemira, e regressavam ao quartel depois de terem sido chamados a intervir "numa queimada autorizada que se descontrolou" em Saboia, no interior do concelho de Odemira.
A Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil abriu um inquérito ao acidente.
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