O uso por Moscovo de um novo míssil balístico de médio alcance para atacar a Ucrânia é um "novo desenvolvimento preocupante", avaliou esta quinta-feira o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas (ONU).
"Este é um novo desenvolvimento inquietante e preocupante, está tudo a avançar na direção errada", afirmou Stéphane Dujarric, em declarações à imprensa.
O porta-voz de António Guterres apelou às partes para que tomem "medidas urgentes no sentido da desescalada para garantir a proteção dos civis e das infraestruturas civis críticas", renovando mais uma vez o apelo do secretário-geral da ONU, e em conformidade com o direito internacional, para o fim desta guerra iniciada em fevereiro de 2022.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que as suas forças atacaram a Ucrânia com um novo míssil balístico hipersónico de médio alcance, sem carga nuclear, num ataque à cidade de Dnipro.
"Os nossos engenheiros chamaram-lhe 'Orechnik'", disse Putin num breve discurso à nação, adicionando que o ataque foi executado com um novo míssil de alcance intermédio e teve como alvo "um local do complexo militar-industrial ucraniano".
Questionado sobre o anúncio da decisão dos Estados Unidos de fornecer minas antipessoal à Ucrânia, Stéphane Dujarric observou que a posição da ONU "contra a utilização de minas em qualquer parte do mundo permanece inalterada".
Vladimir Putin defendeu que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.
"A partir deste momento, como sublinhámos repetidamente, o conflito na Ucrânia, anteriormente provocado pelo Ocidente, adquiriu elementos de caráter global", defendeu o líder russo.