Este domingo ficou marcado pelo lançamento de um míssil proveniente do Iémen que atingiu uma instalação militar, em Telavive. Os órgãos de comunicação social israelitas não noticiaram a existência de vítimas ou de danos graves.

As forças armadas israelitas afirmaram ter feito várias tentativas para intercetar o míssil, mas não foi possível concluir se algumas delas foram bem sucedidas. Segundo noticiou a Associated Press, o míssil ter-se-á fragmentado no ar.

Pouco depois do ocorrido, os Houthis do Iémen assumiram a responsabilidade pelo lançamento. “A operação foi realizada utilizando um novo míssil balístico supersónico, que conseguiu atingir o seu alvo, e as defesas do inimigo não conseguiram intercetá-lo ou responder-lhe”, explicou o porta-voz militar huthi, Yahya Sarea, em comunicado.

Sarea enquadrou esta ação na quinta fase da campanha militar dos rebeldes contra Israel na guerra em Gaza. A mesma representa “o culminar dos esforços para desenvolver tecnologia de mísseis para satisfazer as exigências da batalha e os seus desafios com o inimigo sionista”.

Em resposta ao ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu recordou aos Houthis o bombardeamento feito pelo exército israelita contra o porto de Hodeida, em julho deste ano.

“Os Houthis devem saber que, nesta altura, retaliamos duramente contra aqueles que nos tentam prejudicar. Aqueles que precisam de ser lembrados estão convidados a visitar o porto de Hodeida”, avisou, no início de uma reunião governamental.

Os rebeldes iemenitas, conhecidos por Houthis, têm disparado vários mísseis e drones contra Israel, desde o início do conflito em Gaza entre Israel e o Hamas, mas quase todos foram intercetados sobre o Mar Vermelho.

Em julho, um drone de fabrico iraniano lançado pelos Houthis atingiu Telavive, tendo matado uma pessoa e ferido outras 10. Israel respondeu com uma vaga de ataques aéreos a zonas do Iémen controladas pelos Houthis.

Ainda este domingo, o exército israelita admitiu que há uma “alta probabilidade” de que três reféns sequestrados pelo Hamas a 7 de outubro, e encontrados mortos há meses, tenham morrido num ataque aéreo desencadeado pelas suas próprias forças. Os corpos das vítimas foram recuperados em dezembro, num túnel localizado no Norte da Faixa de Gaza, mas a causa da morte só está agora a ser determinada.

Também este domingo, o Papa Francisco apelou ao fim da Guerra no Médio Oriente e apresentou condolências às famílias das vítimas, em especial à família do jovem refém israelita morto em Gaza, após o seu rapto no ataque do Hamas a 7 de outubro