O custo da obra de requalificação da Igreja de Santa Rita, da Paróquia da Vitória, em São Martinho, Funchal, ascende a mais de 246 mil euros, sobretudo na substituição do tecto e do piso, entre outras pequenas melhorias, tudo à custa de doações dos fiéis. Ainda faltam cerca de 57 mil euros para que a obra esteja totalmente paga sem mais quaisquer apoios.

O padre Marco Abreu conseguiu mobilizar os paroquianos para a renovação e contou ao DIÁRIO o processo que levou a este feito, que hoje foi inaugurado com celebração da missa pelo Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, que fez questão de estar presente nesse momento de festividade, ainda por cima numa altura em que se dá início às celebrações da Páscoa.

"Esta renovação deve-se ao facto de o tecto que existia, que era de madeira, e estava com caruncho", diz. "Não sendo já seguro, estarmos a celebrar, era urgente fazer esta obra de reparação, porque já estávamos a deixar de ter a segurança necessária para poder estar dentro da igreja", explica.

Mas, além do tecto, que era o objectivo principal, "uma vez que fizemos a parte superior do teto, também aproveitamos porque íamos fechar a igreja durante algum tempo, para reparar o chão que estava a levantar. É um material que já não existe e, portanto, também fizemos a obra. Essas são as duas partes principais, o tecto e o chão. Depois existem as partes das janelas que são relativamente grandes, alguns arredores, mas o fundamental é o tecto e o chão", acrescenta.

O padre Marco Abreu, que está na paróquia há 4 anos (também é, Capelão das Forças Armadas e de Segurança), foi ordenado em 2019, revela a vontade de continuar a melhorar as condições desta igreja. Questionado se foi tudo pintado de novo, confessou que algumas partes sim, mas reforçando que esta obra, até à data, está a ser tudo a custo das pessoas que aqui participam na missa, da própria paróquia e dos que vêm de fora. Há pessoas que vêm à missa que não são paroquianos e que vêm de fora, pessoas que gostam de cá estar", confessou.

E ainda assegura, "ainda não houve, propriamente, ajuda de entidades externas", embora reconheça que há uma percentagem alargada que já está paga, ficará uma parte ainda por pagar. O custo são 246 mil euros e já não me lembro o resto e ficará para pagar, mas serão cerca de 57 mil euros. É uma pequena parte", reconhece, mas ainda precisam de algum apoio, pelo que a angariação de fundos continua.

"Continuaremos a trabalhar para, assim, conseguir saldar essa verba", confia. Tal como quando lá chegou, quando foi nomeado em meados de 2020, recorda que "para começar uma obra há todo um processo anterior de avaliação, de estudo, de muitas coisas a discernir e a pensar. Mas era, de facto, como eu disse, urgente, porque a meio de uma das celebrações chegou a cair um vidro que atingiu uma criança e, por isso, não podíamos estar simplesmente à espera de deixar passar mais tempo", confessa.

E insiste, "como eu disse e gosto de frisar, é uma questão de segurança". Por isso, a satisfação em ver a obra principal concluída. "Há muitas outras coisas que são necessárias fazer", garante. "Esta era a mais importante porque é o centro, é a igreja onde nós celebramos. Existem outras, nos exteriores e nos arredores ainda falta muita coisa, mas vamos fazendo consoante as possibilidades e consoante, como diz o povo, damos o passo a partir de agora consoante a perna".

Na celebração foi também trazida a imagem da Capela da Vitória, especialmente para a inauguração. D. Nuno Brás também salientou a "grande alegria" esta inauguração com casa cheia de fiéis, sobretudo numa altura da celebração da Páscoa, poder celebrar a inauguração destas obras. "pedimos ao Senhor que, assim como esta igreja foi renovada, também nós sejamos verdadeiramente renovados nesta Quaresma, para sermos, como dizia o cântico (que abriu a entrada na missa), as pedras vivas do templo do Senhor", disse.