Alberto Fujimori, antigo Presidente do Peru, morreu na quarta-feira aos 86 anos vítima de cancro. A morte foi confirmada pela sua filha Keiko Fujimori num comunicado assinado pelos quatro filhos e divulgado nas suas redes sociais.

"Após uma longa batalha contra o cancro, o nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos àqueles que o estimaram que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma. Obrigado por tudo, Pai", escreveu.

Alberto Fujimori governou o Peru durante uma década, entre 1990 e o ano 2000. É considerado como um dos líderes mais polémicos da América Latina depois de ter sido condenado a 25 anos de prisão por violação de direitos humanos e corrupção.

Foi condenado em 2007 por ordenar os massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), onde morreram 25 pessoas.

Na véspera do dia de Natal de 2017, o então presidente Pedro Pablo Kuczynski anunciou a sua libertação, mas a medida foi anulada no ano seguinte.

Em dezembro de 2023 foi libertado depois de cumprir 16 anos de pena e em maio deste ano revelou que lutava contra um cancro maligno na língua. Em 2018 disse que também tinha um tumor no pulmão.

O estado de saúde de Fujimori deteriorou-se rapidamente durante a última semana, apesar de ter terminado a radioterapia à boca em agosto, disseram fontes próximas da família.

O antigo Presidente do Peru estava a receber tratamento na casa da sua filha Keiko, para onde terá ido viver após ter sido libertado da prisão. Um padre católico chegou na tarde de quarta-feira à casa no bairro de San Borja, em Lima.

Fujimori foi visto pela última vez em público a 05 de setembro, à saída de uma clínica no distrito de Miraflores, onde realizou exames médicos, como o próprio indicou.

Em 14 de julho, Keiko Fujimori, líder do principal partido de direita do país, anunciou que o pai se ia candidatar às eleições presidenciais de 2026.

"Veremos", tinha dito recentemente Alberto Fujimori.

O antigo Presidente do Peru tinha quatro filhos e cinco netos.