
Angola reduziu também a mortalidade de menores de 5 anos de 68 para 52 mortes por 1.000 nados vivos, com a OMS a considerar que subsistem no país lusófono africano desafios relativos à cobertura dos cuidados pré-natais e à assistência qualificada aos partos.
Em nota alusiva ao Dia Mundial da Saúde, que hoje se assinala, a OMS considera que Angola fez "progressos significativos" na saúde materna e infantil e incentiva o executivo angolano e parceiros a investirem em serviços de saúde materna neonatal de grande impacto.
A agência da ONU especializada em saúde defende também que as autoridades angolanas devem garantir o acesso equitativo a cuidados de qualidade, a adotarem leis que protejam os direitos à saúde, a abordarem as desigualdades sociais e económicas e a reforçarem a responsabilização e inovação.
O Plano Estratégico Integrado para a Saúde Sexual, Reprodutiva, Materna, Neonatal, Infantil do Adolescente e Nutricional, recentemente desenvolvido em Angola, "é uma ferramenta essencial para orientar a cobertura universal de intervenções de grande impacto e qualidade", refere-se na nota.
Segundo o representante da OMS em Angola, Indrajit Harazika, citado no comunicado, o Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade para celebrar progressos notáveis alcançados na área da saúde e para defender ações urgentes que permitam enfrentar os desafios profundos que persistem".
"Investir na saúde materna e neonatal gera retornos económicos substanciais, para além de salvar vidas (...). Vamos trabalhar em conjunto com o executivo, as famílias, o setor privado (...) para intensificar os esforços de modo a pôr fim às mortes maternas neonatais evitáveis e para dar prioridade à saúde e o ao bem-estar das mulheres a longo prazo em Angola", referiu o responsável.
O Ministério da Saúde de Angola, em comunicado alusivo a data, destacou também os progressos significativos na redução das taxas de mortalidade neonatal, infantil e de menores de 5 anos, já assinalados pela OMS.
Estes resultados são "testemunho do comprometimento, da dedicação, do trabalho árduo do executivo [angolano], dos nossos profissionais de saúde, das famílias e do apoio dos nossos parceiros", salienta o departamento ministerial.
"Apesar dos progressos significativos alcançados, o caminho para garantir a saúde e o bem-estar de todas as mães e criança sem Angola está longe de estar concluído. As consequências da pandemia da covid-19 e da crise económica que afetou todo o mundo criaram perturbações nos serviços de saúde", assinala-se ainda.
As celebrações do Dia Mundial da Saúde decorrem sob o lema "Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos", dedicado à saúde materna e infantil.
DAS // JMC
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